The Irish Press - Marco Rubio defende trabalhar 'em cooperação' com o México contra cartéis

Marco Rubio defende trabalhar 'em cooperação' com o México contra cartéis
Marco Rubio defende trabalhar 'em cooperação' com o México contra cartéis / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

Marco Rubio defende trabalhar 'em cooperação' com o México contra cartéis

Marco Rubio, escolhido por Donald Trump como o futuro chefe da diplomacia americana, defendeu, nesta quarta-feira (15), trabalhar "em cooperação" com o México contra os cartéis que, segundo ele, detêm o "controle operacional sobre enormes extensões das regiões de fronteira" entre os dois países.

Tamanho do texto:

O presidente eleito Trump declarou recentemente que o México é chefiado por cartéis do narcotráfico, ao que a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, respondeu dizendo que "o povo governa" em seu país.

Os cartéis "têm basicamente o controle operacional sobre enormes extensões das regiões fronteiriças entre o México e os Estados Unidos. É simplesmente um fato infeliz, que teremos que enfrentar com nossos parceiros no México", assinalou Rubio durante uma audiência no Senado para confirmá-lo no cargo.

Rubio qualificou de "ferramenta imperfeita" a possibilidade de designar os cartéis como organizações terroristas estrangeiras, mas não descartou fazê-lo.

"Seja esta a ferramenta que usemos, que talvez não seja a adequada, ou alguma nova que concebamos, é importante para nós não só perseguir estes grupos, mas identificá-los e chamá-los pelo que são, isto é, terroristas (...) porque estão aterrorizando os Estados Unidos com a migração maciça e o fluxo de drogas", afirmou.

Sobre a possibilidade de Trump usar o exército contra os cartéis, como ameaçou fazer, Rubio disse: "É uma opção que o presidente tem à sua disposição".

"Minha preferência da perspectiva do Departamento de Estado seria que os mexicanos cooperassem neste assunto porque está impactando tanto a sua nação quanto a nossa. Estos grupos sofisticados, estas organizações criminosas não só ameaçam os Estados Unidos, ameaçam a política mexicana", afirmou, lembrando que os cartéis mataram jornalistas e políticos.

Interessa aos dois países trabalhar "em cooperação para desmantelar estes grupos e não permitir que continuem o reinado do terror".

Estas organizações, declarou, "estão ameaçando a soberania e a segurança do Estado mexicano".

No geral, o futuro chefe da diplomacia vê "três aéreas de atrito" com o México: "o comércio e as violações dos acordos comerciais", controlar "o problema migratório na fronteira" e "a violência" dos grupos transnacionais.

Trump ameaçou México e Canadá, seus sócios no tratado de livre comércio T-MEC, com tarifas alfandegárias muito altas até que sejam tomadas medidas contra o tráfico de fentanil e as travessias fronteiriças de migrantes ilegais quando assumir o cargo, em 20 de janeiro.

O republicano de 78 anos abriu uma nova frente dizendo que gostaria de trocar o nome do Golfo do México para "Golfo da América".

"Por que não chamamos [os Estados Unidos] de América Mexicana?, Soa bonito, não?", respondeu a presidente mexicana.

L.Rearden--IP